quinta-feira, 12 de julho de 2012

Reciclar não é somente separar o lixo e pronto. Um dos grandes desafios de empresas de reciclagem é encontrar, no lixo, produtos que podem ser reciclados sem que estejam contaminados por outros produtos.

Só porque são plásticos, não significa que embalagens de produtos de limpeza podem ficar juntas de embalagens de refrigerante, por exemplo. As substâncias químicas presentes nessas embalagens de limpeza podem contaminar todo o resto do lixo, tornando-o inutilizável para as empresas de reciclagem.


Existem 7 tipos de plásticos, que são tabelados de acordo com as matérias-primas existentes em sua composição. Para quem tem o hábito sustentável de separar o lixo para reciclagem, daremos as dicas necessárias para a separação do lixo correta para a reciclagem.


Todo plástico pode ser reciclado, mas às vezes só é economicamente viável o recolhimento residencial das embalagens de 1 a 3.

Conhecendo os plásticos:

POLITEREFTALATO DE ETILENO: Mais conhecido como PET, é um polímero (plástico) termoplástico, ou seja, polímero artificial que apresenta uma boa viscosidade a uma determinada temperatura, o que facilita sua moldagem. É considerado o melhor polímero para ser reciclado, pois, devido a essa viscosidade, o PET pode ser reprocessado e transformado diversas vezes.





POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE: É o polímero mais simples de todos os existentes, mais barato e mais comum, porém sua reciclagem pode ser um pouco mais complicada, devido a sua resistência a altas temperaturas, tensão, compressão e tração.




POLICLORETO DE VINILA: Mais conhecido como PVC, é um polímero cuja composição não é 100% derivada do petróleo e, por esse motivo, não é tão prejudicial ao meio ambiente como os demais. Possui 57% de cloro e 43% de petróleo em sua composição. É barato, pois as oscilações de preços do petróleo não influenciam no PVC. Pode se tornar um produto reciclado rígido, como tubulações, ou maleável, como uma mangueira de jardim.



POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE: Termoplástico derivado 100% do petróleo, possui algumas resistências químicas e é muito usado para sacolas plásticas, mas também em vários recipientes, tabuleiros, garrafas, canalização, componentes de computador, superfícies de trabalho, peças que necessitem de solda, equipamento de laboratório e equipamento de parques infantis.


POLIPROPILENO: Possui características semelhantes a do polietileno por ser termoplástico, mas com ponto de amolecimento mais elevado. É reciclável, de baixo custo e com alta resistência a fraturas e fadiga.



POLIESTIRENO: Trata-se de uma resina termoplástica muito flexível ou maleável sob o calor. Fácil reciclagem, coloração e baixo custo.

• POESTIRENO EXPANDIDO (EPS): Para facilitar mais a visualização mental, o produto composto por poliestireno expandido é o isopor.



Uma curiosidade sobre o poliestireno é que ele é utilizado como substrato para o cultivo de orquídeas.

Além de saber a composição de cada plástico a sua aplicabilidade para sua separação, outra dica importante que ajuda na reciclagem é a lavagem dos recipientes, principalmente dos produtos de limpeza, devido às substâncias químicas presentes. É claro que na cooperativa haverá outra lavagem, mas sua ação poderá evitar contaminações, como falamos no início do post.

Mas onde reciclar?

No Brasil, existem várias cooperativas de reciclagem disponíveis para receber o seu “lixo”, ainda mais se ele estiver bem separado. Você pode acessar o site www.ecycle.com.br e fazer uma busca das cooperativas mais próximas da sua casa.



Segue abaixo dois sites com boas informações a respeito da reciclagem que irão lhe ajudar ainda mais.

CEMPRE (Compromisso Empresarial para a Reciclagem): Associação sem fins lucrativos dedicada à promoção da reciclagem dentro do conceito de gerenciamento integrado do lixo. Fundado em 1992, o Cempre é mantido por empresas privadas de diversos setores.

ONG LIXO CONSULTING: Um espaço democrático de divulgação e discussão das práticas sustentáveis na construção de uma gestão social dos Resíduos sólidos nas cidades. Fundou o site Coleta Seletiva Solidária, com o objetivo de implementar a coleta seletiva solidária, melhorar a gestão dos resíduos sólidos urbanos nos municípios do Estado do Rio de Janeiro, fortalecer a cadeia produtiva da reciclagem e valorizar e incluir a sociedade dos Catadores de Materiais Recicláveis.

A reciclagem é cara e, mesmo sendo algo muito falado, ela ainda se encontra em processo de adequação na sociedade por falta de informação e incentivo por parte das autoridades. Muitas empresas de reciclagem conseguem tirar lucros, mas ainda é um desafio enorme que exige muito investimento para algo com que o governo não se preocupa na medida necessária. Então, sua colaboração é muito importante. Precisamos fazer da reciclagem um hábito.

Espero que essas dicas possam ajudar de alguma forma no dia a dia sustentável de vocês.

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